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sobre o poeta
{notas biobliográficas}
Nero, pseudónimo de Roberto Simões, nasceu no Algarve, no sul de Portugal, a 22 de Setembro de 1987. Estudou Língua e Literatura Portuguesa na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e didática e pedagogia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. É professor de Português e de Literatura Portuguesa.
O seu espírito criativo revelou-se cedo, escrevendo histórias desde criança. Aos quinze anos, entregou-se a uma só história. Desenvolveu-a, aprofundou-a e maturou-a, por dezoito anos, criando um universo próprio. Escreveu-a, reescreveu-a e reescreveu-se, até que se lhe rendeu: Oceano — O Reino das Águas, poema híbrido que arrisca o cruzamento inédito entre a epopeia de influência clássica e neoclássica e a alta fantasia moderna, foi o seu primeiro livro publicado, em 2021.
Em 2023, publicou Telúria, um poemário enraizado em memórias e referências autobiográficas que, simulando o seu percurso de vida, viaja do esplendor bucólico ao sepulcro citadino, acabando por regressar ao âmago da natureza como via inevitável para o apaziguamento cósmico e para a transcendência. Propõe a deambulação poética como ritual ascético.
Em 2025, publica Akbar – Lunário Poético duma Alma ainda Árabe. Espécie de almanaque espiritual, viaja às origens e à expansão da fé islâmica, numa toada simbólica e mística, em quarto crescente; celebra, com fervor popular, a expansão árabe pela Ibéria, em plenilúnio; recupera o tom épico, recriando episódios históricos da queda, em quarto minguante; propõe, em quiasmo, o diálogo e o silêncio como instrumentos essenciais ao perdão, ao convívio e à tolerância, de que se farão as luas novas de qualquer idade, ao mesmo tempo que lapida influências do sufismo, nos quatro interstícios que antecedem ou sucedem cada lunação, meditando sobre as razões de deus e dos Homens.
De natureza eremita, misteriosa e afável, Nero viverá como escreve — intensamente, tendo a casa como refúgio — entre árvores e livros, gatos e silêncios, sóis e luas.
Apesar disso, tem integrado festivais prestigiados, como o Festival Contacto, em 2021, ou o Festival MED - Festival Internacional de World Music, em 2025; eventos literários emblemáticos, como o Aqui Vai Livre, em 2023 e 2024, ou a Feira do Livro de Lisboa, em 2021, 2023 e 2025; tem apresentado os seus livros em várias cidades portuguesas, marcado presenças em tertúlias literárias e motivado entrevistas nas rádios e nos jornais.

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"Seguirei humano: nenhum fogo apaga um oceano."
Telúria (2023), p. 11.

"Escreve o acaso o destino de todas as coisas."
Oceano — O Reino das Águas (2021), C1, cXII, p. 41.

"É onde tudo começa:
nas segundas intenções.
Haverá sempre um império p'ra depois."
Akbar — Lunário Poético duma Alma ainda Árabe (2025), p. 28.

sobre
Akbar — Lunário Poético duma Alma ainda Árabe
2025 — Terceiro livro de Nero
Do início da invasão árabe, em 711, à atualidade, passaram — contam os calendários — mais de setecentos anos. Os vestígios da presença e influência destes povos árabes são, contudo, mais do que muitos: das pedras que pisaram e edificaram às línguas que ainda hoje proliferam e que, para todos os efeitos, eternizam a sua herança, pela Península Ibérica e muito além dela.
Só no português, milhares de vocábulos têm origem árabe. Não espanta, portanto, que também a literatura assuma e reclame, legitimamente, essa ascendência. Dizia Fernando Pessoa que “a alma árabe é o fundo da alma portuguesa”. O arabista Adalberto Alves repercute, depois: “o meu coração é árabe”. Nero, perpetuando a mesma linhagem, canta: “há um árabe vivo dentro de mim, ainda”; a que nos versos seguintes acrescenta, embebido no ateísmo místico que não raras vezes o caracteriza: “um ou mais, escuto-os quando cego passeio
/ e dos caminhos p’ra meca nem vereda”.
Há, em Akbar (“maior”, em árabe; adjetivo que medirá a escala transcendente de Deus), pois, a assumpção inequívoca desta herança, mas há mais: há a viagem às origens do islamismo, desde cedo empenhada em não confundir, necessariamente, o que é da religião com o que é da cultura e em não reduzir os árabes aos praticantes do islão. Inspirado nas fases da lua — o demorado subtítulo Lunário Poético duma Alma ainda Árabe é, propositadamente, mais elucidativo do que o próprio título —, o poeta divide a obra em quatro partes: busca pela origem e expansão da fé muçulmana, numa toada simbólica e mística, em quarto crescente; celebra, com fervor popular, a expansão árabe pela Ibéria, em plenilúnio; recupera o tom épico, recriando episódios históricos da queda, em quarto minguante; propõe, em quiasmo, o diálogo e o silêncio como instrumentos essenciais ao perdão, ao convívio e à tolerância, de que se farão as luas novas de qualquer idade.
Espécie de almanaque espiritual, Akbar alinha, ainda, o corpo baço das suas páginas com o tempo e o fulgor das suas constelações poéticas, lapidando influências do sufismo, em quatro interstícios que antecedem ou sucedem cada lunação: “abluções”, “noites sibilantes”, “jejuns” e “meditações”. Um outro, nuclear e fiel ao palíndromo do título, “ovo”, faz-se acompanhar de uma belíssima ilustração em espelho, de inspiração árabe, assinada pelo artista geresiano Miguel de Sousa.
De arquitetura tesselante, de padrões, simetrias, detalhes e leituras inesgotáveis, Akbar – Lunário Poético duma Alma ainda Árabe assume-se como o segundo tomo da anunciada “Trilogia do Espírito”, a trilogia informal iniciada com Telúria (2023). Dedicado “à luz e sombras da cidade de Silves”, de onde Nero é natural, conflui tradição e modernidade e, nelas, a interioridade de cada um e a infinitude que, a existir, gravitará somente entre a memória e os astros — onde se dirimirão quaisquer questões religiosas ou culturais.
Prefácio por Nuno Campos Inácio, que acrescenta: "Nero encarna a essência mourisca do Gharb al-Andalus como poucos. [...] Talvez não saiba, mas nesta obra enverga a ‘kandoora’ de mestre e inicia a caminhada de um ‘mahdi’".
[Alguns dos poemas deste livro foram traduzidos para italiano por Fabrizio Boscaglia.]
Detalhes: Manufactura (editora), 176 páginas, depósito legal 542861/25, capa mole, formato 150 x 220 x 10 mm.

sobre
Oceano — O Reino das Águas
2021 — Primeiro livro de Nero
Oceano - O Reino das Águas (2021) é um poema épico monumental sobre a viagem do Homem pelo Oceano, onde maravilhas flutuam e seres fantásticos guerreiam. Com esta obra, o autor procura elevar a fantasia a um patamar superior através da poesia, privilegiando o poder, a musicalidade e o encanto supremos da palavra. Ao mesmo tempo que honra as mais clássicas influências do cânone ocidental (de Homero a Dante e a Camões), procura desafiá-lo.
“Um Homem mergulha no Mar. Morre e ressuscita e quando acorda tem o corpo transformado, apto à vida nas profundezas. Descobre um novo mundo, pleno de criaturas fantásticas, de culturas plurais, de monstros e inimigos apavorantes. Esperam-no missões dificílimas, profecias impossíveis, ameaças asfixiantes. Teme o que vem, mas não menos do que aquilo que foi.
O leitor acompanhá-lo-á — na estranheza de cada olhar, na inaptidão de cada movimento, na surpresa do não-dito. Em cada verso, uma onda. Em cada onda, um novo verso. Um círculo por fechar, a cada um que se abre. A cada abraço, o espectro de um golpe. A imprevisibilidade. A resistência de seguir, o prazer da auto-descoberta. Um ritual de iniciação, de elevação, de exaltação. O círculo, cinco vezes, rumo à perfeição do acaso ou do destino. O amor, a traição. O desespero, a frustração. A esperança, a raiva, o ódio puro. A vingança. A inocência. O mal. A religião. A sabedoria, o esquecimento.
O eu — no reflexo do outro."
Um ambicioso trabalho de dezoito anos, cujo resultado nos chega absolutamente surpreendente, numa edição em capa dura.
Mais do que uma aventura de perder o fôlego, de proporções avassaladoras e de poderosíssima ressonância emocional, uma lúcida e inspirada ode à Humanidade (a todos os seus defeitos e qualidades), à literatura e à própria língua portuguesa.
Detalhes: Manufactura (editora), 488 páginas, depósito legal 483058/21, capa dura, formato 173 x 245 x 41 mm.
Canto I do Círculo Primeiro
Clique nas imagens abaixo e leia o primeiro canto de Oceano — O Reino das Águas (2021).

"Escuto, num só verso, o silêncio do universo."
Telúria (2023), p. 21.

sobre Telúria
2023 — Segundo livro de Nero
Poemário enraizado em memórias e referências autobiográficas que, simulando o percurso de vida do poeta, viaja do esplendor bucólico ao sepulcro citadino, acabando por regressar ao âmago da natureza como via inevitável para o apaziguamento cósmico e para a transcendência. Propõe a deambulação poética como ritual ascético, através da qual a musicalidade e a inesgotabilidade dos versos, carregadas de símbolos e de múltiplos sentidos, acabam por arvorar num urgente grito biofílico, tão rouco na contemporaneidade, mas cujo eco se perde — ou se acha — na intemporalidade.
Telúria (2023) inaugura aquela que Nero designou por "Trilogia do Espírito", um tríptico informal do qual se espera o segundo e terceiro volumes nos próximos anos.
Detalhes: Manufactura (editora), 96 páginas, depósito legal 511880/23, capa mole, formato 150 x 220 x 8 mm.
selecção de poemas
Clique nas imagens abaixo e leia alguns dos poemas de Telúria (2023).

"Ao pó dos meus ossos
[...]
nos teus."
Telúria (2023), dedicatória.

"Enquanto há verde, há azul que o regue."
Oceano — O Reino das Águas (2021), epílogo, p. 457.

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