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Crítica a AKBAR (2025), de Nero, por João Barradas

  • Outro
  • 25 de jul.
  • 1 min de leitura

Atualizado: 17 de ago.

Crítica literária ao livro Akbar — Lunário Poético duma Alma ainda Árabe (2025), de Nero por João Barradas

Akbar — Lunário Poético duma Alma ainda Árabe (2025), de Nero, numa livraria.
Akbar — Lunário Poético duma Alma ainda Árabe (2025), de Nero, numa livraria.

O que seriam das árvores sem as suas raízes? Não passariam de meros toros, a aguardar alguma faísca, num qualquer incêndio destrutivo. O que seria de cada um de nós, sem o legado herdado (por agrado ou por imposição)? Uma mísera nulidade, sem eira nem beira, sem fito nem mito.


Negar estas heranças pode ser trágico, extinguindo factos da História Global. Será possível perceber os pormenores de uma imagem num puzzle, se tirarmos algumas peças? O juízo pode ser enviesado...


Resgatando a moura herança, Nero traz-nos um manjar almiscarado, aromatizado com as mais saborosas especiarias. Vários são os pitéus ofertados, com laivos de amor, humor e temor, abrilhantados pelo fulgor das diferentes facetas de uma lua misteriosa. O encanto experimentado é em tudo semelhante àquele que Xerazade produziu no sultão, nas suas mil e uma noites.


Entre os seus versos, Nero demonstra um assaz domínio desta língua ardilosa e mística, cerzindo um novelo de letras hipnotizante. Para lá do conteúdo, a forma também enfeitiça. As destras meditações, mais contemporâneas, contrapõem-se às "sinistras" produções, que aludem à alma árabe em potência.


Uma geometria esquadrinhada que une letras e história, numa linha interminável, que ainda teima em deixar a sua marca vincada algures e além.


Instagram de João Barradas: @2bejay

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